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Gestão de crises em e-commerces: como a alta gestão deve lidar e preservar a reputação da marca

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A gestão de crises se tornou uma peça fundamental no quebra-cabeça do sucesso empresarial, principalmente para negócios digitais, que estão cada vez mais expostos ao dinamismo do comportamento online. 

Esse tipo de gestão funciona como uma espécie de colete salva-vidas para as empresas, considerando que as crises podem chegar a qualquer momento e de várias formas. Desde problemas técnicos que afetam o funcionamento da loja online até situações de segurança de dados, as possibilidades são inúmeras e estar pronto para lidar com elas é uma das urgências do mercado.

Além disso, uma única crise mal administrada pode abalar a reputação da marca inteira, o que consequentemente também afeta a confiança dos clientes. A sequência é clara: clientes descontentes tendem a compartilhar suas experiências negativas, seja em redes sociais, avaliações online ou em conversas pessoais.

O desafio está em manter o equilíbrio entre o crescimento do e-commerce e a gestão adequada das crises. Assim, enquanto você busca expandir seus negócios e atrair mais clientes, não deve ignorar a importância de estar preparado para enfrentar as crises quando elas surgirem.

Continue a leitura e entenda mais sobre a importância da gestão de crises para e-commerces e como esse olhar pode te ajudar a antecipar grandes problemas e revertê-los em oportunidade para o seu negócio. Acompanhe!

O primeiro passo da gestão de crises em e-commerce é saber que crises são essas

A gestão de crise é uma das atribuições de um gestor de e-commerce que deve buscar formas de identificar, prevenir e responder eventos inesperados que possam prejudicar a reputação, as operações e a confiança de seus clientes. É um trabalho contínuo que envolve a antecipação de possíveis problemas e a criação de planos de ação sólidos para minimizar os possíveis danos quando as crises aparecem.

Cada e-commerce tem as suas particularidades e desafios, podendo enfrentar diferentes crises ao longo do caminho. Porém, é importante que a gestão esteja atenta a uma série de situações potenciais do próprio segmento. 

As principais crises enfrentadas pelos e-commerces envolvem problemas de segurança de dados, como vazamentos de informações pessoais de clientes, falhas técnicas que podem causar interrupções no funcionamento da loja, problemas de logística, como atrasos significativos ou perda de encomendas, e crises de reputação online, que envolvem críticas negativas em mídias sociais, resenhas ruins e outros desafios que podem manchar a imagem da marca.

Entender essas crises é o primeiro passo para uma gestão eficaz. Por isso, vale a pena buscar as melhores estratégias para lidar com situações complexas sem prejuízos para a experiência do cliente e o relacionamento com a marca.

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3 tipos comuns de crises em e-commerces

Enfrentar as crises é uma realidade que todo gestor deve estar preparado para lidar. Veja a seguir, 3 tipos mais comuns de crises que frequentemente atingem negócios online:

1 –  Crises de segurança de dados

Uma das preocupações mais importantes para e-commerces é a segurança dos dados do cliente. Nesse caso, os problemas geralmente envolvem vazamentos de informações pessoais, como números de cartão de crédito ou detalhes de contato. 

Situações como essas não apenas prejudicam a confiança dos clientes, mas também podem causar consequências legais significativas. Com isso, para ter uma gestão de crises bem estruturada, é fundamental ter medidas proativas de segurança cibernética e um plano de resposta sólido.

2 – Problemas de logística

Atrasos, extravios de mercadorias ou entregas inadequadas podem causar grandes dores de cabeça  para os e-commerces. Isso porque, essas crises afetam diretamente a experiência do cliente, gerando reclamações, reembolsos e até mesmo a perda de clientes. 

Uma boa condução desses problemas pode envolver a otimização das operações logísticas, comunicação transparente com os clientes afetados e ações rápidas para corrigir os erros.

3 – Crises de reputação online

Em tempos de redes sociais e avaliações online, a reputação de uma marca está mais vulnerável do que nunca. As crises de reputação podem surgir a partir de comentários negativos, avaliações desfavoráveis ou mesmo campanhas difamatórias nas mídias sociais. 

Nem pense em ignorar a situação. Isso porque, mal administrar essas crises pode ter um impacto devastador na imagem da marca. O melhor caminho é criar maneiras de ter um monitoramento constante das mídias sociais, ter uma gestão cuidadosa das interações online e criar ações para restaurar a confiança dos clientes.

Como preparar o seu e-commerce para ter uma gestão de crises bem estruturada

Preparar seu e-commerce para uma gestão de crises bem-sucedida é essencial para enfrentar desafios mais complexos. Isso envolve dois elementos-chave: a identificação de vulnerabilidades e riscos e o desenvolvimento de um plano de gerenciamento de crises sólido.

Esse preparo é tão importante quanto o próprio enfrentamento às situações mais críticas. Isso porque, ao identificar vulnerabilidades, avaliar riscos e desenvolver um plano de gerenciamento de crises sólido, as medidas poderão ser tomadas de forma mais estratégica para o negócio.

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Como se antecipar aos efeitos de uma crise

O primeiro passo é realizar uma análise de riscos minuciosa, isso implica em identificar as potenciais ameaças que podem afetar o e-commerce. Dessa forma, considere fatores como segurança de dados, logística, concorrência, entre outros. Esta análise ajudará a priorizar quais riscos merecem maior atenção.

Após a análise de riscos, é fundamental identificar as áreas vulneráveis do seu e-commerce. Isso pode incluir sistemas de segurança frágeis, fornecedores de logística instáveis ou até mesmo deficiências na experiência do cliente. Conhecer essas vulnerabilidades permitirá que você tome medidas preventivas.

Vale destacar que um plano de gerenciamento de crises eficaz deve ser abrangente e flexível. Por isso, comece definindo objetivos claros para a gestão de crises, como minimizar danos à reputação e manter a continuidade das operações, por exemplo. 

Em seguida, elabore um conjunto de ações específicas para cada tipo de crise identificada, incluindo comunicação, resolução de problemas e recuperação.

Não se esqueça de que a alta gestão e os C-Levels devem estar envolvidos nesse plano. É  importante que eles estejam cientes do processo e preparados para tomar decisões importantes durante os momentos críticos. 

É importante também que cada membro da equipe saiba qual é seu papel durante uma crise. Isso inclui ter responsáveis pela comunicação com clientes, pela investigação de problemas e pela coordenação das ações de recuperação.

Cuidar da gestão de crise de um e-commerce não é sobre apagar incêndio

A gestão de crises não se limita apenas a conter danos e resolver problemas técnicos (o famoso apagar incêndio). Ela deve se estender por toda a jornada do cliente, especialmente nos momentos de atrito. 

Quando um cliente enfrenta um problema, seja ele relacionado à segurança de dados, logística ou qualquer outra questão, sua experiência como consumidor está diretamente em jogo. Nesses momentos, a forma como a empresa lida com a situação tem um papel fundamental na construção da confiança e na fidelização do cliente.

Imagine um cliente frustrado por receber um produto errado. Se a empresa lida com essa situação de forma proativa, com um processo já validado para esse tipo de problema, oferece soluções alternativas e mantém o cliente informado, a experiência pode ser transformada de negativa para positiva. 

Por outro lado, deixar o cliente esperando ou negligenciar o problema pode resultar em perda de confiança, resenhas negativas e, provavelmente, na perda desse cliente. Portanto, a gestão de crises deve ser vista como uma extensão natural do compromisso com a satisfação do cliente, garantindo que sua jornada seja suave, mesmo quando ocorrem alguns obstáculos.

Ter uma gestão de crises eficaz não apenas resolve problemas, mas também protege e aprimora a experiência do cliente em toda a jornada de compra. Pensar na experiência do cliente, especialmente nos momentos de atrito, é essencial para manter a confiança, a lealdade e a reputação da marca, mesmo quando a maré está agitada.